11.27.2007

Paciência


Novembro é isso mesmo, mês de ver chover, de ficar em casa, a bebericar chá e a ouvir música particularmente embaraçosa, sentir a falta dos que foram, sentir saudades de amores antigos ou remoer porque o amor presente não é como queremos, ou porque não conseguimos dar o que querem de nós.. Ou ainda, porque damos tanto que alguém acabe por se sentir mal por esse excesso.

Nem sempre as coisas são fáceis, nem sempre por se rejeitar paradigmas problemáticos implica necessariamente que todo o novo terreno por desbravar vai ser fácil. Precisamente por ser novo e tão belo… torna se por vezes difícil.

Onde ir buscar apoio e conselho para problemas pouco frequentes? Como comunicar problemas e sentimentos novos? Como resolver conflitos dentro de relações que têm poucos exemplos de onde copiar comportamentos e ir pedir conselhos? Onde parar de discutir conflitos e viver um pouco? Onde viver menos um pouco para resolver conflitos pendentes?

Hoje só peço: paciência. Para mim e para elas.

(Obrigada a todxs que me apoiaram, presencialmente ou não, e que acham piada á historia e que querem que ela funcione)

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1 comment:

  1. Anonymous4.12.07

    li ontem um testemunho de uma pessoa que estourou o seu casamento de 12 anos numa quad em que se empenhou inteiramente. atravessou o deserto e aprendeu a perceber que antes de tudo o mais, o importante era conhecer muito bem o(s) seu(s) parceiro(s). e é o mais difícil, não é?..., aprender a ler as pessoas (e nós próprios, quantas vezes) antes de avançar para elas. na impossibilidade de o fazermos a posteriori com efeitos retroactivos, a mim, que nunca estourei nenhum casamento, e que só muito brevemente passei por esse tipo de abismo, também me vão assaltando de tempos a tempos respostas avulsas sobre como tudo teria sido diferente se tivéssemos sido pessoas diferentes... que não somos. o consolo nunca foi esse, nem foi o achar ter razão antes de tempo, foi antes pelo contrário, ficar a saber que o melhor é duvidar sempre o mais possível de que possa ter razão, de que possa estar certa, viver apenas o presente e não mais do que isso, não empenhar certezas que não possa ter. às vezes o que amamos é muito mais que as pessoas, um lugar que só vagamente coincide com a pessoa que lhe dá o halo, estarei a dizer bem?

    keep you warm.

    U.

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